A mudança da Suíça para o modelo 1 da FATCA: implicações e oportunidades
A Suíça está a transitar de um Modelo 2 para um Acordo Intergovernamental (IGA) Modelo 1 ao abrigo da Lei de Conformidade Fiscal de Contas Estrangeiras (FATCA), marcando uma evolução significativa na sua cooperação fiscal com os Estados Unidos. Desde a entrada em vigor da FATCA em 2014, as instituições financeiras suíças têm sido obrigadas a comunicar informações sobre contas detidas por contribuintes dos EUA diretamente ao Internal Revenue Service (IRS) dos EUA. Este modelo de comunicação direta será em breve substituído por um acordo mais recíproco, reforçando a segurança jurídica e reduzindo os encargos administrativos dos bancos suíços.
FATCA: Modelo 1 vs. Modelo 2 IGA
As principais diferenças entre os IGAs Modelo 1 e Modelo 2 no âmbito do FATCA são como e onde as informações são trocadas.
Nos IGAs do Modelo 1, as informações são trocadas entre governos. As instituições financeiras comunicam as informações sobre os titulares de contas nos EUA às autoridades fiscais locais, que as partilham com o IRS dos EUA. Este modelo pode ser recíproco (Modelo 1A), em que os dados são trocados nos dois sentidos, ou não recíproco (Modelo 1B), em que apenas as informações estrangeiras são partilhadas com os EUA.
Em contrapartida, os IGAs do Modelo 2 exigem que as instituições financeiras comuniquem diretamente ao IRS. Este modelo inclui a obtenção do consentimento dos titulares das contas e permite a apresentação de relatórios agregados, seguidos de pedidos de dados específicos ao IRS, quando necessário. O Modelo 2 impõe um ónus de comunicação mais pesado às instituições financeiras e não prevê a troca recíproca de informações como no Modelo 1A.
Compreender a mudança
O atual acordo do Modelo 2 exige que os bancos suíços obtenham o consentimento dos clientes para a comunicação de informações ou forneçam dados anónimos e agregados ao IRS, que poderá então solicitar informações detalhadas. Apesar de eficaz, este modelo tornou-se complicado e um pouco desatualizado, especialmente num ambiente global em que mais de 100 países estão agora envolvidos na troca automática de informações (AEOI).
A mudança para um Modelo 1 IGA, aprovado pelo Conselho Federal Suíço, facilita a troca de informações nos dois sentidos. A partir de 1 de janeiro de 2027, as instituições financeiras suíças comunicarão os dados das contas dos EUA à Administração Fiscal Federal Suíça (FTA), que por sua vez transmitirá essas informações ao IRS. Esta mudança simplifica o processo de comunicação e alinha as práticas suíças com as normas globais, reduzindo os esforços duplicados relacionados com o cumprimento da AEOI.
Vantagens da transição
- Redução de custos e encargos administrativos: Ao centralizar o processo de comunicação através da ACL em vez de interagir diretamente com o IRS, os bancos suíços podem esperar reduções significativas nos custos de conformidade e nas complexidades operacionais.
- Maior segurança jurídica: A troca direta com a FTA minimiza os riscos legais e aumenta a segurança para as instituições financeiras, assegurando que estas permanecem em conformidade com os regulamentos suíços e norte-americanos.
- Conformidade simplificada: A abolição de certos deveres, como a certificação regular FATCA no Modelo 2, facilita ainda mais o cenário de conformidade para os bancos.
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Conclusão
A passagem da Suíça para um Modelo 1 IGA representa um passo proactivo no sentido de uma cooperação fiscal internacional mais eficiente e recíproca. Esta transição tem como objetivo cumprir as obrigações de conformidade e aproveitar a oportunidade para aumentar a eficiência operacional e a segurança jurídica dos bancos e instituições financeiras suíças. Com a Trans World Compliance e o CRS/FATCA One, a sua instituição pode navegar com confiança por estas mudanças, garantindo a conformidade com facilidade e precisão.
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