Três notícias para começar a semana: 6 de maio
Meta enfrenta investigação da UE sobre desinformação eleitoral
(The New York Times)
A União Europeia lançou uma investigação rigorosa sobre a Meta, um gigante americano da tecnologia, por disseminar informações falsas no Facebook e no Instagram. O foco desta investigação é o alegado manuseamento incorreto de anúncios enganosos por parte da empresa e a potencial negligência na salvaguarda da integridade das eleições.
Os funcionários da UE criticaram a Meta por não dispor de protecções suficientes para impedir que anúncios enganosos, deepfakes e outras informações enganosas sejam utilizados para explorar diferenças políticas e influenciar as eleições em linha.
Este desenvolvimento coloca uma pressão significativa sobre a Meta para implementar medidas mais rigorosas antes das próximas eleições de verão nos 27 países da UE, que determinarão os novos membros do Parlamento Europeu. O período de votação, previsto para 6 a 9 de junho, está a ser intensamente analisado para detetar quaisquer sinais de interferência estrangeira, em particular da Rússia.
A investigação da Meta sublinha a abordagem mais assertiva adoptada pelos reguladores europeus na regulação dos conteúdos em linha, em comparação com as autoridades dos Estados Unidos, onde as considerações relativas à liberdade de expressão e outras protecções legais limitam o papel do governo na supervisão do discurso em linha.
Chefe da Ericsson diz que o excesso de regulamentação “está a levar a Europa à irrelevância
(Financial Times)
O diretor executivo da Ericsson, Börje Ekholm, lançou um aviso severo, afirmando que a preocupação da Europa com a regulamentação está a conduzir a região para a irrelevância. O CEO da Ericsson advertiu ainda que a competitividade da região está a ser gravemente comprometida e apelou a mudanças imediatas na política antitrust.
Numa entrevista ao Financial Times, Ekholm afirmou que a Europa está atrasada em vários aspectos da infraestrutura digital, o que a coloca em risco.
O Comissário afirmou que a concentração da Europa na regulamentação está a torná-la menos competitiva e relevante. Considera que a Europa está a caminho de se tornar um lugar conhecido pela sua beleza cultural e natural, mas sem indústria.
A China está a deslocar trabalhadores forçados no meio da repressão dos EUA: Biden oficial
(The Wall Street Journal)
Um funcionário da administração Biden revelou que há um número crescente de trabalhadores forçados a serem transferidos da região chinesa de Xinjiang para outras partes do país. Isso representa um desafio significativo para os esforços corporativos para cumprir a repressão da cadeia de suprimentos dos EUA. A subsecretária adjunta para os assuntos internacionais do Departamento do Trabalho dos EUA, Thea Lee, salientou que a China está a transferir cada vez mais trabalhadores forçados uigures e outras minorias de Xinjiang para trabalharem em diferentes regiões do país.
Embora Lee não tenha especificado o destino exato destes trabalhadores, investigações levadas a cabo por grupos de jornalistas sem fins lucrativos revelaram casos em que foram enviados para vários locais, incluindo fábricas de transformação de marisco em todo o país. Estes desenvolvimentos têm como pano de fundo os esforços contínuos do governo dos EUA para fazer cumprir a proibição da importação da maioria dos produtos com ligações a Xinjiang, que foi decretada devido a preocupações com o trabalho forçado.