Três notícias para começar a semana: 1 de julho
Microsoft é alvo de acusações antitrust da UE por causa do Teams
(The Wall Street Journal)
A União Europeia acusou a Microsoft de ter cometido uma infração antitrust ao associar a sua ferramenta de colaboração Teams ao Office 365 e ao Microsoft 365. A Comissão Europeia, responsável pelas questões antitrust no bloco, declarou que informou a Microsoft das suas conclusões iniciais, que indicam que a empresa violou os regulamentos antitrust ao associar o Teams a ofertas de produtividade populares, como o Microsoft Word e o Excel. A comissão argumentou que a Microsoft pode ter dado ao Teams uma vantagem injusta ao não permitir que os clientes escolhessem se queriam ou não ter acesso ao software ao assinar outros produtos.
Segundo a comissão, as alterações introduzidas pela Microsoft no ano passado relativamente à distribuição do Teams foram insuficientes para responder às preocupações em matéria de concorrência. Além disso, a comissão manifestou preocupações quanto ao nível de integração permitido às ferramentas de colaboração rivais com os outros produtos da Microsoft.
Apple, a primeira empresa acusada ao abrigo da nova lei da concorrência da UE
(The New York Times)
De acordo com as autoridades reguladoras, a Apple está a impor limitações injustas aos programadores de aplicações para a sua App Store, o que vai contra uma lei recente da União Europeia destinada a promover a concorrência na indústria tecnológica. Esta violação da Lei dos Mercados Digitais fez da Apple a primeira empresa a ser acusada ao abrigo desta legislação, que confere aos reguladores europeus amplos poderes para obrigar os principais "guardiões online" a rever as suas práticas comerciais.
Estas acusações indicam que a União Europeia, já conhecida pela sua forte regulamentação do sector tecnológico, tenciona intensificar os seus esforços. Para além da Apple, foram iniciadas investigações ao abrigo das novas regras de concorrência contra a Amazon, a Google e a Meta, enquanto o TikTok e o X estão a ser alvo de sondagens ao abrigo de legislação separada destinada a obrigar as empresas da Internet a combater com maior rigor os conteúdos ilegais nas suas plataformas.
Dois funcionários da Adidas afastados no âmbito de uma investigação sobre corrupção na China
(CNN)
Dois funcionários abandonaram a Adidas na sequência da investigação em curso da marca alemã de vestuário desportivo sobre alegações de corrupção na China. Na semana passada, a Adidas anunciou uma investigação sobre "violações de conformidade" na China, um mercado crucial para o seu vestuário desportivo, na sequência de relatos dos meios de comunicação social estatais chineses de que os executivos da empresa no país estavam implicados no desvio de milhões de euros e no recebimento de subornos substanciais.
"Enquanto a Adidas está a investigar este assunto em conjunto com consultores externos independentes, foram encontradas provas de que, na interação com os vendedores locais, um empregado violou o código de conduta da empresa", declarou Claudia Lange, responsável pelas relações com os meios de comunicação social do gigante do vestuário, num comunicado.
